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  • A marca nº1 dos Portugueses

  • 22 de Maio, 2022

    DIA DO AUTOR PORTUGUÊS: 7 OBRAS NACIONAIS QUE TODOS DEVIAM LER

    O dia 22 de maio é marcado pela celebração dos autores portugueses. E, em Portugal, não faltam motivos de orgulho para comemorar esta data. O nosso país tem uma grande variedade de escritores ilustres que nos deixaram obras de prestígio e reconhecimento mundial nas várias vertentes da literatura.

    Conhecer o legado dos escritores portugueses é conhecer também a riqueza cultural e a história de Portugal. Por isso, reunimos 10 obras nacionais que achamos que todos deviam ler. Desde prosa à poesia, neste artigo vai encontrar algum livro que lhe chame mais à atenção. Depois, é só levá-lo para a mesa de cabeceira e ler algumas páginas no conforto da sua cama, antes de dormir.

    O Ano da Morte de Ricardo Reis (José Saramago)

    Este livro é um romance escrito por José Saramago, o autor que recebeu o Prémio Nobel da Literatura em 1998, e que foi publicado em 1994. A história desenrola-se em torno do heterónimo Ricardo Reis, uma personagem fictícia criada por Fernando Pessoa. Nesta obra, Saramago utilizou os dados biográficos do personagem e construiu uma narrativa sobre um médico exilado no Brasil, desde 1919, por motivos políticos e que regressa a Portugal, em dezembro de 1935. O romance relata então os nove meses passados por Ricardo Reis em Lisboa até à data da sua morte, em 1936.

    Húmus (Raul Brandão)

    A obra mais conhecida de Raul Brandão (1867-1930), foi publicada em 1917, no ano da revolução soviética. Neste livro é possível encontrar temas importantes como a morte, num tom que era bastante inovador para a época em que foi lançado. É um misto de ficção e prosa que tem uma vila literária como “pano de fundo”, criada pelo próprio autor.

    A Sibila (Agustina Bessa-Luís)

    Nascida em 1992, Agustina Bessa-Luís conta como uma das maiores referências da literatura portuguesa. A sua obra de ficção contemporânea publicada em 1954, A Sibila, inaugura uma nova forma de escrita elitista, que caracteriza toda a obra da romancista. Entre as memórias das personagens, onde o passado legitima o presente e vice-versa, a autora foca o tema do livro no papel das mulheres, a importância da recordação e um discurso que se repete, mas acrescentando sempre novas informações. É um obra muito complexa mas que atribui uma grande originalidade à autora.

    A máquina de fazer espanhóis (Valter Hugo Mãe)

    António Jorge da Silva é um barbeiro de 84 anos que perdeu a esposa e viu-se na situação de ter de viver em asilo. Solitário e distante de tudo, vê-se obrigado a pensar em novas formas de seguir a sua vida. O livro, que tem o próprio António Jorge da Silva como narrador , fala sobre saudade e família, e sobre a luta de um homem para refazer a sua vida e até a própria identidade. Neste livro, Valter Hugo Mãe arriscou de forma sublime em falar de temas delicados como a velhice, o amor e a amizade.

    Obra Poética (Sophia de Mello Breyner)

    Nascida no Porto em 1919, Sophia de Mello Breyner Andresen escreveu poesia e ficção. Entre suas obras mais notáveis ​​estão seus contos infantis e livros de poesia. Andresen também foi reconhecida com alguns prémios de prestígio: foi a primeira mulher a receber o Prémio Camões em 1999, e também ganhou o prémio Rainha Sofia, em Espanha, em 2003. A contribuição de Andresen para a cultura portuguesa foi tão valorizada que, após a sua morte, ela foi enterrada no Panteão Nacional, a segunda mulher depois da fadista Amália Rodrigues.

     Os Lusíadas (Luís Vaz de Camões)

    O mais conhecido dos escritores foi Luís de Camões, nascido em meados da década de 1520. A sua vida foi um pouco misteriosa mas a sua poesia tornou-se conhecida em todo o mundo, atribuindo-lhe uma grande reputação literária. O seu livro de poesia, Os Lusíadas, é um dos mais famosos e a sua escrita tem sido comparada a Shakespeare e Homero.

    O Livro do desassossego (Fernando Pessoa)

    O escritor português mais conhecido da história pode ser o autor e poeta Fernando Pessoa. Nascido em Lisboa no final do século XIX, foi também filósofo e pioneiro do Modernismo Literário, o movimento filosófico da época. Durante a sua vida, que terminou aos 47 anos, Pessoa trabalhou também como tradutor, crítico e editor. A obra mais famosa de Fernando Pessoa pode ter sido O Livro do Desassossego, que infelizmente foi publicada após o seu falecimento. Uma coleção que se assemelha a um diário, escrita principalmente como um relato autorreflexivo de um de seus muitos pseudónimos, Bernardo Soares.