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  • 7 de Outubro, 2022

    Dormir e saúde cognitiva pelo Dr. Javier Albares

    DR. JAVIER ALBARES – Todos nós, em algum momento das nossas vidas, já sentimos as consequências de não dormir o suficiente durante dias, semanas ou mesmo um único dia. Esta falta de sono diária causa, entre outras coisas, uma deterioração do funcionamento físico e cognitivo.

    Dormir ajuda o corpo a reparar-se a si próprio após a atividade diária. Parte desta reparação tem lugar através da regeneração de células e tecidos e da regulação dos sistemas imunitário e metabólico. Tudo isto é essencial para a manutenção de uma boa saúde.

    No que diz respeito à saúde cerebral, o sono de qualidade melhora a nossa capacidade de atenção, a consolidação da memória e a tomada de decisões. Graças ao sono, o nosso organismo é capaz de se restabelecer e começar o dia com energia. É também durante o sono que a aprendizagem que fizemos durante o dia é consolidada e fixada no nosso cérebro.

    A importância do sono

    Durante as fases de sono profundo, mecanismos (neuroprotectores, anti-inflamatórios e antioxidantes) que previnem a deterioração do cérebro são ativados.

    As perturbações do sono são um fator de risco para o desenvolvimento de uma deficiência cognitiva. Têm um impacto direto no estado de alerta e no estado de espírito.

    Vários estudos têm associado a privação do sono a um risco acrescido de doenças neurodegenerativas, tais como a doença de Alzheimer. Não se deve esquecer que durante o sono, as toxinas acumuladas durante o dia são eliminadas. Entre elas a proteína B-amilóide, que está diretamente envolvida no desenvolvimento da doença. Se dormirmos muito pouco, estas substâncias tóxicas para a nossa saúde não são eliminadas corretamente.

    O lado positivo é que o sono é um fator modificável nas nossas vidas.

    Quando surgem dificuldades de sono (início do sono, manutenção do sono ou despertar cedo), é necessário procurar a ajuda de um profissional de saúde.